Sempre vivi em torno deles,
isso nunca foi novidade.
Poesia era vinho sagrado,
desde sempre sacramentado.
Mas Musa? Essa não!
Era filha, neta, irmã...
Santa criança...Adorável e vã.
Viver na rima...
Sempre foi...
minha adorável sina.
Porém ser musa de inspiração!
Essa é nova no meu coração...
Coração... Vibrante, saltitante...
E bem vacinado...O coitado!
Como esses seres alados...
nos levam ao pecado!
Nos faz Diva Profana,
Puta Mundana,
Feiticeira Faceira
Fada Apaixonada...
Como abelhas sedentas...
Escorrem o pólen flor em flor.
Oh dor!
Amam mesmo tão somente,
É o amor.
Tornei-me só instrumento,
elemento,complemento.
De poesia... De parceria...
Tristeza maior...
Constatar não ser
a rosa de Exupéry
Só tenho mesmo que sorrir!
Mas musa, musa...
que se preze,
não se deixará levar
e de musa ...A feiticeira.
Num segundo se transformará.
Levarei todos sem exceção.
Para minha ilha deserta.
Chamada coração.
E lá a vaidade...
chamará exclusividade...
E se cumprirá a profecia,
bem na parceria...
Deixarei todos transformados.
Mesmo feitiço a Circe fez
Quando se viu, bola da vez.
Lá existirá uma lei:
“Elisa una poesia anche per te”
e se não cumprir
se sucumbirão...
no fogo santo e sagrado
do meu coração!
ELIZA
25/04/2007
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